E chorou. Chorou de tristeza, chorou de saudade, chorou por não entender o porquê da vida ser tão complicada. Chorou por arrependimento, chorou por querer voltar atrás e, talvez, concertar erros que, naquele momento, eram inconcertáveis. Chorou pois já não aguentava mais carregar aquela dor infernal do lado esquerdo do peito. Chorou por um dia inteiro. E, apesar de estar totalmente devastada interiormente, manteve um largo e bonito sorriso estampado no rosto. Ela chorou por dentro. O que é bem pior. E a noite… É, continuou chorando. Chorou, chorou, chorou e alagou-se com as lágrimas cheias de sentimentos não explicados. Chorou até dormir. E no outro dia? Foi a mesma coisa. Creio que, naquele momento da sua vida, chorar era uma pequena solução capaz de aliviar, pelo menos um pouco, as dores acumuladas em seu peito. Isso é o que parecia ser. Mas a verdade escondida no meio daquelas lágrimas… Ah, meu bem, a verdade só ela sabe.
Nunca pensei que seria tão difícil. Nunca pensei que uma despedida ia mexer tanto comigo, mas tenho que me acostumar com pessoas indo e vindo. Elas chegam fazem o que querem fazer e depois, bom não existe depois. Então você tem que agir como se nada tivesse acontecido, como se não tivesse passado uma pessoa maravilhosa pela sua vida. Aí você simplesmente tem que fingir que não se importa e seguir em frente, com algumas lembranças uma saudade imensa. E um baita aperto no coração.
—I don’t wanna love you.
- Você não cansa de esperar?
- E você, não cansa de demorar?
- Não entendi.
- É você que eu espero.
- E você, não cansa de demorar?
- Não entendi.
- É você que eu espero.
—Caio Augusto Leite
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