Estava dirigindo em direção, ao tal hotel fazenda, mas sabe quando tú sente algo, na verdade não foi um sentimento, e sim um simples gesto. Meu pai, quando ainda era vivo, me deu um escapulário, e ele é até de ouro, e o que aconteceu de estranho, foi que de uma hora pra outra ele quebrou do meu pescoço, só senti quando o peso dele caiu no meu colo. Na hora, estacionei o carro no acostamento, não podia correr o risco de ficar sem ele, pra mim é um protetor.
Marcela: Vai demorar muito aí?- falou reclamando, ela já estava impaciente, pelo fato de que eu tinha chegado super atrasado. E outra, ela não tinha a mesma religião que eu, então achava isso um besteirol
Marcos: Não, eu já concertei- falei colocando o cordão no pescoço, ele não tinha quebrado, estava intacto .. isso que me assustou, continuei dirigindo, estava trêmulo. Continuei o caminho, até liguei o som do carro, estava tentando relaxar, eu cantarolava uma letra ou outra, pois sabia que a Marcela, odiava sertanejo, ela dizia que isso era coisa de gente brega e cafona, quando falo que os nossos gostos são opostos. Não lembro de muita coisa, mas lembro que, depois de uma hora e meia, quando já estávamos em uma estrada quase deserta, e chegando no tal hotel ... Lembro, que vi a minha vista escurecer, acho na minha frente vinha um carro que entrou na contramão, ouve um impacto forte e ouvi uns gritos, o carro saiu da estrada e virou, cinco ou quatro vezes, minha cabeça bateu na frente do vidro e voltou, nos poucos lapsos que tive, lembro da Marcela, gritando e chamando o meu nome, e pedindo para socorre- lá, a dor era imensa, eu me mantive imóvel, até que não lembro mais de nada, fiquei desacordado, até a chegada do socorro.
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