23 de agosto de 2013

Continuação da Web novela:▬ Vestígios que me lembram você... ∞

                                               12 capítulo
“Existem duas dores de amor: A primeira é quando a relação termina e a gente,
seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva, já que ainda estamos tão embrulhados na dor que não conseguimos ver luz no fim do túnel. A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel. A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de virar de importante para o ser amado .Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos. A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também…
Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou.  Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém. É que, sem se darem conta, não querem se desprender. Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir, lembrança de uma época bonita que foi vivida…Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual a gente se apega. Faz parte de nós. Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis, mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo, que de certa maneira entranhou-se na gente, e que só com muito esforço é possível alforriar. É uma dor mais amena, quase imperceptível. Talvez, por isso, costuma durar mais do que a ‘dor-de-cotovelo’ propriamente dita. É uma dor que nos confunde. Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro das estatísticas: “Eu amo, logo existo”. Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo.
É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente… E só então a gente poderá amar, de novo.’’ – Marta Medeiros ..

A conversa com o Victor, tinha sido produtiva. Em São Paulo capital, não tem aquelas praias enormes e nem a beleza do campo, mas acho que é uma cidade que pode me reservar muito. Fui durante, todo o caminho analisando a paisagem , e descobrindo o nome da mais belas de Sampa, não que eu tivesse interessado nisso, mas o Victor, insistia em falar e ditar quais seriam as minha futuras pretendentes. Depois de um bom tempo, chegamos no tal apartamento, o meu novo “lar”. Subimos, com ele trolando sobre a sua vida, sabe aquele tipo de pessoa que só fala da sua vida, pois é o Victor é assim, mal conseguia falar “hurum”, e ele já tinha  colocado um novo assunto na conversa, pegamos o elevador, até que chegamos na cobertura do prédio. Era um condomínio luxuoso, e creio que tivesse um alto valor, para ser custeado.

Victor: Bem vindo, ao lar parceiro...- falou assim, que abriu a porta, me deparei com uma sala toda branca, tudo era muito organizadinho, provavelmente ali tinha uma diarista ou coisa e tal, pois  se eu bem conheço o Victor, ele não faz a linha organizado. Os móveis, era todos de alta linha, e com certeza eram planejados, o que dava o toque final, a belíssima decoração

Marcos: Qual o nome da diarista?- falei com um certo tom de deboche, assim que adentrei na sala, colocando as malas posicionadas perto do sofá

Victor: Eliza ..- sorriu, e rolou os olhos- é impressão, ou tá me chamando de bagunceiro?- olhou torto, dei um risinho- moleque- deu um tapinha na minha cabeça, mas acho que era brincadeira- bora lá no teu quarto? ..- assenti- afinal, amanhã de manhã você já tem aula, e acho complicado estudar, sem ter dormido direito- afirmou, seguimos pro meu quarto, que  era branco, assim como todo o apartamento. Para me deixa a vontade, Victor saiu e foi para o seu quarto, nem desfiz as malas, tomei um banho e pulei na cama, afinal há de se concordar, que após uma viagem, todas as pessoas ficam cansadas.

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