20 de maio de 2013

“Na boa, telefona pra ela. Ela vai ficar feliz, e você também vai, pode apostar. É uma ótima garota.”


Tudo é dor. Cada cor estampada no mundo é uma dor. Cada flor, cada espinho, cada verso e palavra. Não tem como escapar: a morte dói e a vida também. O barulho, o silêncio, a paz e a guerra. Tudo sangra e todos sentem. E sentem muito. Poemas e mais poemas escritos com o peito imerso em tristeza ilustram o mundo. Um mundo mudo, onde tudo depende de tempo, mas o tempo não cura. Nem dor de amor, nem dor de nada.


Acordei meia assim: Chateada com o tudo. Não sei se há um motivo concreto para isso, apenas quero deixar essa magoa de lado e curtir minha vida pacata em frente ao computador. Escrevendo dores que ninguém irá ler. Chorando por amores impossíveis que qualquer um tem nas mãos menos eu. Estou cansada dessa falsa felicidade imposta no meu caminho desde que nasci. Não quero depender de um ser para ser feliz… Mas quando se ama, não há para onde correr. O amor te laça e faz um nó sem ponta. Te gruda feito cola no papel. Roda teu mundo como um gira-gira em parque de criança. Você involuntariamente cria esperança, sonha acordado e chora ao perceber que não tem nada além de ilusões criada por você mesmo. E quando percebe isso já é tarde, está nadando nessas correntes infinitas de possibilidades incertas de um final parcialmente feliz.


Olhos cheios de lagrimas sofrem fechados, sem uma lagrima derramar, a alma segue calada, sem seu grito surdo libertar. E o coração já tão vazio que só falta o vento levar, nem sabe mais a sensação do que é amar.

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